Em 29 de julho de 1963 acontecia em São João del-Rei um notável evento que não somente marcou a vida cultural local, mas que se tornou um marco relevante para a história da cidade: a abertura do “Museu do Patrimônio”, como era conhecido pelos moradores o Museu Regional de São João del-Rei. Vinculado ao SPHAN, o museu teve em sua abertura oficial a inauguração da exposição Centenário do Nascimento de Gastão da Cunha.
O filho ilustre são-joanense beneficiou a sociedade internacional pelos serviços prestados na diplomacia, principalmente como representante do Brasil na organização da Liga das Nações, instituição que tinha como propósito a resolução de conflitos e a manutenção da paz mundial em uma sociedade abalada pela Primeira Guerra Mundial.
Hoje, 60 anos depois, em comemoração da significativa data, o museu apresenta a exposição virtual: “Gastão da Cunha”; uma homenagem ao filho da terra ou a “uma de suas figuras aureoladas”, nos dizeres de Rodrigo de Melo Franco, cujos serviços à diplomacia e reconhecimento extrapolam os limites nacionais.
E assim como em 1963, quando a exposição oferecia “o exemplo de uma vida e sua obra com inspiração à mocidade de São João del-Rei, de Minas Gerais e de todo o país”[1], ainda hoje, seu exemplo de dedicação à diplomacia internacional priorizando a paz e o diálogo na resolução dos conflitos é imprescindível na sociedade.
[1] Discurso proferido por Rodrigo de Melo Franco, diretor do SPHAN, na abertura do museu e inauguração da exposição, 1963.