O Largo Tamandaré foi palco de diferentes atividades ao longo dos séculos, fossem profissionais, de lazer ou celebrações diversas.
A comunidade são-joanense ocupou o espaço com desfiles, festas juninas, comércio, parada de animais de transporte ou veículos ou mesmo simples local de passeio.
Nesta sessão estão algumas fotos dessas atividades.
Ao lado, o recorte de uma planta de São João del-Rei de 1949, feita por Carlos E. Alves durante a gestão do prefeito Pe. Osvaldo da Fonseca Torga. Próximo ao centro, em tom azulado, está o Largo Tamandaré. Foto: Arthur Marinho / acervo da Secretaria Municipal de Cultura de São João del-Rei.
Entre monumentos e moradias, comércios e educação…
Anterior a 1895, ainda sem a amurada de contenção à beira do córrego. Logo atrás das pessoas que posam para a foto, a parede lisa é a parte final do aqueduto, atrás do Chafariz da Legalidade. Ao fundo, a Ponte do Rosário. Foto: Autor Desconhecido / Domínio Público Década de 1930: o comércio de tropeiros ainda era intenso. Nesta foto, uma grande tropa de mulas parada diante o princípio estabelecimento comercial do Largo: o casarão que hoje é ocupado pelo Museu Regional. Foto: Autor desconhecido / Acervo MRSJDR. Década de 1930: todo o andar térreo do sobrado que hoje é sede do Museu Regional era ocupado por um grande comércio. A loja possuía 14 portas. Foto: Autor desconhecido / Acervo MRSJDR. 1958: alunos da Escola João dos Santos atravessam a Ponte dos Suspiros, que liga o Largo à tradicional escola. A praça, ainda hoje, é frequentada pelos alunos, tanto no período de entrada quanto de saída das aulas. Foto: Autor desconhecido / Acervo do Colégio João dos Santos. Entre as décdas de 1950 e 1960: a praça, já com seu novo traçado, divide espaço com alguns veículos e carroças. Ao fundo, o Pelourinho diante do Museu Regional, já em funcionamento. Foto: frame retirado do documentário “São João del-Rei”, dirigido por Humberto Mauro e produzido pelo Instituto Nacional de Cinema Educativo.
Descanso e lazer…
Ainda que o espaço da praça tenha sido diminuído em favor do trânsito e do estacionamento de veículos, o local continuou sendo um lugar de passeios. Nas fotos acima, à esquerda e ao centro, crianças posam durante um evento de festa junina enquanto, na foto à direita, tia a sobrinha descansam sobre os canteiros elevados daquela época.
Maio de 1995: Além de descansar sob a sombra das árvores, na década de 1990 também era possível fazer uma ligação usando telefone público, o famoso e já saudoso orelhão. Foto: Sérgio Sousa Lima / Acervo MRSJDR.
Festas e celebrações…
1966: alunos da Escola Bárbara Heliodora apresentam danças tradicionais. Ao fundo, os casarios na margem oposta do córrego. Foto: Autor Desconhecido / Acervo E. M. Bárbara Heliodora / dig.: A. F. Giarola. 1966: as festas juninas era apresentadas em tablados de madeira montados entre o museu e a praça. Foto: Autor Desconhecido / Acervo E. M. Bárbara Heliodora / dig.: A. F. Giarola. 1966: fazendo a tradicional dança do “pau de fita”. Ao fundo, parte do anexo do Museu Regional e a arquibancada montada para o público. Foto: Autor Desconhecido / Acervo E. M. Bárbara Heliodora / dig.: A. F. Giarola.
As festas juninas do Largo Tamandaré se tornaram tradicionais a partir do início da década de 1960. Crianças e adultos se apresentavam em um grande tablado de madeira, diante de uma arquibancada lotada de pessoas.
1971: já com imagens coloridas, os alunos da Escola Bárbara Heliodora continuam a tradição. Foto: Autor Desconhecido / Acervo E. M. Bárbara Heliodora / dig.: A. F. Giarola. 1971: ao fundo, a casa rosa na esquina do Beco da Romeira foi demolida e substituída por um prédio de três pavimentos. Foto: Autor Desconhecido / Acervo E. M. Bárbara Heliodora / dig.: A. F. Giarola. 1971: o público lotava a arquibancada para assistir as apresentações de dança e quadrilha. As portas ao fundo são do Museu Regional. Foto: Autor Desconhecido / Acervo E. M. Bárbara Heliodora / dig.: A. F. Giarola.
Desfiles e celebrações…
7 de setembro de 1971: o desfile do Dia da Independência passa pelo Largo Tamandaré. Foto: Foto: Autor Desconhecido / Acervo E. M. Bárbara Heliodora / dig.: A. F. Giarola. 1992: o Largo Tamandaré foi escolhido para homenagear os 200 anos da Inconfidência Mineira. Na foto, Cardeal Dom Lucas, junto com outras autoridades, inauguram o monumento. Neste dia também estavam presentes os políticos Aécio Neves e Eduardo Azeredo, além de outras autoridades. Foto: acervo pessoal de Antonio Emilio da Costa / autor desconhecido.
Se passar o tempo suficiente, muitas fotografias adquirem mesmo uma aura. (…) Enquanto as pinturas ou poemas, pelo simples fato de envelhecerem, não melhoram, não se tornam mais interessantes, todas as fotografias são interessantes e comovedoras se forem suficientemente antigas.
Gilberto Ferrez
(Fotógrafo, pesquisador e crítico de arte)
A comunidade também é parte da exposição
Em novembro, o Museu Regional promoveu um rápido concurso de fotografias do Largo Tamandaré. Os participantes poderiam enviar fotos de quaisquer épocas, com qualquer conteúdo, desde que situadas no Largo Tamandaré. Foram selecionadas quatro imagens que mostram um pouco do local por diferentes pontos de vista. (As fotos estão dispostas por ordem de data.)
MAURÍCIO MALTA TEIXEIRA
1981
Registrada num fim de tarde, a imagem mostra alguns carros ocupando o estacionamento à direita da praça e uma Ford Belina estacionada em frente ao museu. Algumas árvores ainda pequenas e um busto em meio aos canteiros.
ERISMAR CELSO NEPOMUCENO
2014
Em mais um fim de tarde ensolarado, esta foto, registrada em grande angular, consegue mostrar em um único clique uma parte da praça e a fachada do Museu Regional. A esquerda, o monumento aos 200 anos da Inconfidência Mineira já deteriorado e, ao centro, sombras de árvores e motocicletas dão um tom poético ao se misturarem com os paralelepípedos.
MATEUS HENRIQUE DE FREITAS PAIVA
2019
A visão aérea do Largo Tamandaré, destacando os telhados coloniais da vizinhança e parte das copas das árvores. Destaque para os telhados do Museu Regional, ainda em fase de recuperação, mas já quase totalmente lavados e apresentando uma cor clara.
PRETA LENTE
2020
A mais recente das fotografias mostra o grafite instalado nos tapumes que atualmente cerca toda a extensão da praça. O registro de mais uma reforma do Largo Tamandaré.
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