É incontestável a importância da dimensão educativa dos museus. Ela se apresenta até mesmo nos primórdios do colecionismo, quando as coleções ainda não eram abertas a todos, mas asseguravam aos especialistas a produção de pesquisas e estudos. Não se concebe mais um museu somente em suas funções de preservação e comunicação. Além destas, a função educativa é o que o sustenta e justifica. Deve ser uma de suas metas a acessibilidade democrática a bens culturais e a promoção de ações educativas cujo objetivo seja o conhecimento e valorização dos bens culturais, bem como, do patrimônio cultural material e imaterial.
A dimensão educativa sempre se fez presente no Museu Regional, até mesmo nos primórdios de sua criação. Logo após as políticas de preservação, com o surgimento do Sphan (Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) foram criados vários museus – entre eles, o Museu Regional. O ato de criação dos museus trazia implícito a necessidade de educação da população para a preservação do patrimônio nacional.
Os museus foram se modificando ao longo do Século XX e assim também sucedeu com a sua função educativa, que foi se consolidando, principalmente após a Mesa Redonda de Santiago do Chile, em 1972. Nesse encontro, discutiu-se os museus e a sua função educativa, baseando-se na pedagogia de Paulo Freire.
No Museu Regional, hoje, pensamos a experiência museal como um direito de acesso a bens culturais. Além disso, a educação museal deve ser baseada em valores como o diálogo, o compartilhamento de experiências e conhecimentos que propiciem a construção do conhecimento coletivo e a formação integral do indivíduo, apto a fruir os bens culturais, mas também, a refletir sobre sua história e sua realidade.
Ana Maria Nogueira Oliveira
Servidora Técnica em Assunto Educacionais
Mestre em Educação pela UFSJ