Miguel Gastão da Cunha ficou conhecido ao se tornar diplomata do Brasil, atendendo a compromissos ao redor do Mundo inteiro. Ele nasceu em São João del-Rei em 29 de julho de 1863, cursou humanidades na cidade e optou por seguir a carreira de Direito. Mais tarde, em 1884, diplomou-se na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em São Paulo.
Gastão da Cunha é neto do português Domingos José da Cunha, que formou-se em Medicina pela Universidade de Coimbra e, posteriormente, partiu da Europa como médico de uma embarcação rumo a América do Sul. Assim, a família Cunha chegou em São João del-Rei e tornou-se, por várias gerações, uma das mais influentes da cidade.
Filho de Balbino Cândido da Cunha, ilustre cidadão durante o segundo reinado, Gastão seguiu carreira promissora. Aos 21 anos, em 1885, assumiu o cargo de promotor público na cidade de Rio Novo, em Minas Gerais. Apenas dois anos depois, foi nomeado para o cargo de Juiz de Direito da Comarca de Ubá e ainda atuou nessa função em outras cidades do estado.
Em 1892, no Rio de Janeiro, Gastão da Cunha se casou com Elisa de Castro, filha dos Barões de Itaipé, e tiveram juntos três filhas. Ainda no final do século 19, o então advogado e juiz chegou a ser nomeado para o cargo de Diretor da Imprensa Oficial do Estado de Minas Gerais e Subprocurador Geral do Estado. Chegou também a lecionar na Faculdade de Direito de Minas Gerais.
A carreira política de Gastão começou em 1889. Foi eleito Deputado Federal pelo distrito de São João del-Rei em 1900. Quando foi Presidente da Comissão de Diplomacia e Tratados da Câmara, Gastão se tornou próximo ao Barão de Rio Branco. Como mostra a foto ao lado, o são-joanense conviveu com grandes nomes de seu tempo. Na imagem, junto do diplomata, estão Euclides da Cunha, Graça Aranha, Barão Homem de Mello, Araújo Jorge, Pecegueiro do Amaral, além do próprio diplomata Barão de Rio Branco.
À partir dos anos seguintes, o são-joanense já se tornara importante embaixador do país, inclusive, passando considerável tempo na Noruega. Miguel Gastão da Cunha faleceu no Rio de Janeiro em 04 de julho de 1927, aos 64 anos de idade, causando grande comoção em São João del-Rei.
Para saber mais, acesse o artigo de André Guilherme Dornelles Dangelo.
Por João Victor Militani