Nascido em 20 de julho de 1913, em Ritápolis, o Sr. Amado tinha uma habilidade única para fazer doces e realizar consertos de diferentes instrumentos. No final dos anos 50, Amado José possuía um bar localizado dentro da Estação Ferroviária de São João del-Rei, chamado “Café da Rede Ferroviária”, que vendia uma variedade de quitutes preparados por ele. Com a desativação de muitas estradas de ferro, pela evolução de outras formas de transporte, o movimento do bar caiu e o Sr. Amado teve que se reinventar. Ele fechou o estabelecimento e abriu uma oficina de consertos em geral e aluguel de bicicletas.
Um dia, dentre tantos objetos que apareciam para o conserto, um amigo do Sr. Amado deixou uma máquina de fazer picolés quebrada para ser recuperada. Após conseguir fazer o conserto, Amado José resolveu testar o funcionamento da máquina, fazendo uma receita de picolé de coco. O comerciante distribuiu alguns picolés para os clientes e foi um tremendo sucesso.
O proprietário da máquina, ao retornar para a busca, não tinha interesse em seguir com o objeto e quis se desfazer dele. Então, os dois entraram em acordo na negociação e a máquina de fazer picolés ficou com o Sr. Amado. A partir daí, em 1965, surge o famoso Picolé do Amado. Com receitas artesanais naturais, a empresa passou a produzir picolés de variados sabores, inspirados nos doces mineiros e nas frutas regionais.
O Sr. Amado faleceu no dia 22 de junho de 1988, em São João del-Rei. Ele e a esposa, Conceição, tiveram sete filhos. Até hoje, os filhos e netos seguem o legado deixado pelo comerciante e mantém a tradicional receita dos picolés. Graças ao sucesso e ao sabor único, atualmente a empresa tem lojas em São João del-Rei, Tiradentes e BH – todas administradas pela família – além de pontos de revenda espalhados pela cidade. A criação do Sr. Amado é uma importante tradição gastronômica de São João del-Rei e região. É parada obrigatória para quem vem conhecer a cidade!