1 – A Serra do Lenheiro é o único patrimônio natural de São João del-Rei. A origem da formação da serra remonta a 1,6 bilhões de anos e possui uma altitude máxima de 1.218m. De acordo com especialistas, o local é uma continuação da Serra de São José, situada em Tiradentes, e entre as duas serras fica o Vale do Rio das Mortes.
2 – Em 1704, a primeira pepita de ouro da região foi encontrada no Ribeirão de São Francisco Xavier, que nasce na Serra do Lenheiro. O responsável pela descoberta foi o paulista Lourenço da Costa e isso deu início à formação da vila, onde atualmente é o centro histórico da cidade. Os indícios do tempo de exploração e de como eram os processos ainda podem ser percebidos na Serra.
3 – A Serra do Lenheiro também contribuiu para a construção do patrimônio material da cidade. As igrejas e pontes que são pontos turísticos fundamentais foram construídas com pedras retiradas da Serra, principalmente o quartzito. É possível identificá-la como a pedra mais clara que se encontra nas estruturas das igrejas, por exemplo na Catedral de Nossa Senhora do Pilar. Além disso, a arnica e o rosmaninho, que são colocados nos templos durante a Semana Santa, também são colhidos na região.
4 – A Serra teve um papel importante no fornecimento de material para a instalação da vida na cidade. Antes da chegada do gás e da luz elétrica, a lenha para abastecer os fogões eram retiradas do Morro de São João, antigo nome do local. Por isso, no início do século XIX, a formação passou a ser conhecida como Serra do Lenheiro. Como os lenhadores cortavam uma quantidade considerável de árvores, essa vegetação aos poucos foi sendo esgotada.
5 – Os atrativos da Serra do Lenheiros são diversos. Por lá podem ser encontradas pinturas rupestres, o Canal dos Ingleses, cachoeiras e uma diversidade de plantas. É possível também realizar trilhas pelas matas. Além disso, a serra é utilizada pelo 11º Batalhão de Infantaria de Montanha de São João del-Rei para realizar treinamentos.
Referências:
https://98live.com.br/noticias/opiniao/conheca-sao-joao-del-rei-a-cidade-onde-os-sinos-falam