Livro institucional

CARTA: Uma tarde memorável

Texto de agradecimento de João Bosco enviado ao Museu Regional de São João del-Rei sobre o Lançamento do Livro Institucional.

publicado: 25/01/2022 16h27, última modificação: 26/01/2022 10h09

Memorável é algo que não pode ou não deve ser esquecido. Foi assim a tarde de 14 de janeiro de 2022.

Estávamos lá no Museu Regional de São João del-Rei. O que lá se celebrava era, apenas, do lançamento do livro relativo a esse Museu. No entanto, quanto de admirável e memorável aconteceu naquela tarde.

Antes de mais nada, a acolhida e apresentação da sessão por parte da Diretora do Museu Eliane Marchesini Zanata. Nada mais natural que a fala de uma diretora em tal circunstância. Só que, foi muito mais que isso. Foi uma fala emocionante pois ela teve a dignidade e grandeza de dizer que o primoroso livro era o resultado de um cuidadoso trabalho coletivo, produzido por toda a equipe do Museu. Tudo no livro foi produzido pela sua equipe. Ao dizer isso, a Diretora não conteve a emoção.

Na minha opinião de especialista em formação de grupo, aquelas lagrimas fizeram sentido. Não só porque não é fácil conduzir uma equipe, mas, sobretudo, porque ela conseguiu conduzir sua equipe, de maneira tal que, aos  olhos de todos os seus componentes, uma alegria espontânea se fazia presente. Alegria e satisfação. Foi bonito ver uma dirigente colocar-se no seu lugar qual “coordenadora” de ações comuns a todos os participantes do grupo de trabalho. Que beleza. Que exemplo. Que preciosa justificativa para lágrimas fortuitas e incontida emoção.

Para enfeitar, o que já de enfeite a sessão não carecia, a participação da Sociedade de Concertos Sinfônicos. Com o acompanhamento discreto de piano, como aliás convém, pelo maestro Rodrigo Sampaio, a cantora lírica Alice Peixoto, bisneta de João Lino de Oliveira França, instrumentista de nossas organizações musicais, brindou os presentes com maravilhoso repertório brasileiro. Abertura com a modinha de Carlos Gomes, encerramento com Bachianas de Heitor Villa Lobos, passando, como seria natural, por  Chiquinha Gonzaga e outros. Em termos nacionais, pouca coisa se iguala. Foi muito bonito e o público soube apreciar.

A festa era no Museu Regional de São João del-Rei. Não poderia se encerrar, se não cumprisse com os belos hábitos mineiros de um convite para um cafezinho. E foi assim. Mas um cafezinho servido com o melhor do pão de queijo, do pastel e de tantas outras quitandas que, não só, predicam da culinária regional, de que se orgulha a gente, como, sobretudo, falam da hospitalidade dos servidores do Museu. É que foi cada um deles quem  ofereceu algo de que a mesa se fazia farta. Uma manifestação a mais da força coordenadora da Diretora do Museu e do clima de hospitalidade e solidariedade de que todos ali se revestem.

Os motivos para a lembrança daquela tarde se tornam mais evidentes quando, ao retornar para casa, pude verificar a qualidade do livro produzido e ofertado graciosamente aos presentes: um primor de edição e de tudo mais a que se refere a arte gráfica. Minha pequena biblioteca de arte se enriqueceu.

E eu, agradecido, por tarde tão memorável, deixo aqui meus cumprimentos de educador a quem, com êxito, leva adiante, e para o alto, o nome do MUSEU REGIONAL DE SÃO JOÃO DEL-REI. Um motivo a mais para me orgulhar do título recebido de são-joanense.

JOÃO BOSCO
Ex-diretor da FUNREI