Em comemoração ao aniversário de 307 anos de São João del-Rei, o Museu Regional, a partir do dia 08 de dezembro, inaugura a mostra virtual “Largo Tamandaré Metamorfoses”. A exposição é composta por mais de 30 fotos e outros materiais selecionados pela equipe do museu, além das imagens vencedoras do concurso de fotografia realizado durante o mês de novembro.
As imagens expostas, datadas entre as décadas de 1870 e 2010, pertencem ao acervo do museu, a outras instituições e arquivos públicos e também a coleções particulares. A mostra visa retratar a história, a relação da comunidade com o local e, principalmente, as mudanças arquitetônicas que a Praça Severiano de Resende passou ao longo das décadas.
Desde o início de 2020, devido às normas de segurança adotadas por conta da pandemia do novo Coronavírus, o Museu Regional migrou suas atividades para o meio digital e vem realizando eventos virtuais e gratuitos.
Relacionar o museu com seus arredores é importante para a consolidação para integrar e gerar maior interação do Museu com a comunidade local. Como enfatiza a diretora da instituição, Eliane Zanatta, “a praça do Largo Tamandaré é como se fosse parte da Casa do Comendador João Mourão, que hoje sedia o museu. O espaço valoriza a edificação em meio ao ambiente urbano, e esteve, está e estará presente nas funções de socialização.”
Dessa forma, outro propósito da mostra é representar a maneira como os moradores da cidade enxergam esse espaço. Eliane acredita que a exposição pode contribuir para esse novo olhar do público para a Praça Severiano de Resende. “A exposição pretende explorar os mais diversos ângulos relacionados à estética e à memória, trazendo novas perspectivas que muitas vezes passam despercebidas no dia a dia da própria comunidade”.
A mostra online pode ser acessada até o dia 08 de março de 2021, através do site do Museu Regional de São João del-Rei:
Museu Regional de São João del-Rei
Aberto ao público em 1963, o Museu Regional de São João del-Rei é sediado em um casarão datado de meados do século XIX. A construção do imóvel partiu do desejo do Comendador João Antônio da Silva Mourão, poderoso comerciante são-joanense, em possuir um espaço para abrigar sua residência e também um comércio de secos e molhados. O sobrado passou pelas mãos de duas famílias, até ser vendido para uma empreiteira. Ele foi parcialmente demolido, desapropriado e restaurado. Das ruínas, veio a se tornar o Museu que hoje conta com um acervo arquivístico, bibliográfico, museológico, diversificado, datado entre o final do século XVIII e início do século XX, em sua maioria originária do estado de Minas Gerais. A maior parte da coleção é composta por obras de arte sacra, utensílios e mobiliários domésticos, imaginária, documentos e uma biblioteca especializada em arte, História e arquitetura.