CURIOSIDADES

5 em 1: Solar da Baronesa de Itaverava

Conheça algumas curiosidades sobre o famoso Solar da Baronesa, localizado em frente à Igreja do Carmo.

publicado: 05/01/2023 16h46, última modificação: 06/01/2023 10h02

1 – Construção

O casarão foi construído no século XIX, entre 1810 e 1830, e está localizado no Largo do Carmo, centro histórico de São João del-Rei. O terreno pertencia a Pedro de Alcântara de Almeida e é provável que um de seus filhos, Francisco de Paula de Almeida Magalhães, falecido em 1848, foi quem ordenou a construção do Solar. O imóvel de arquitetura colonial, possui três grandes andares. O primeiro andar era dedicado para o funcionamento de um armazém, no segundo ficavam salas e quartos, e o terceiro possui um único cômodo com um jogo de telhados. O Solar já pertenceu a diferentes famílias, como a Moreira da Rocha, Castro Moreira, Silva Rosas, dentre outras. O imóvel faz parte do conjunto urbano tombado pelo IPHAN em 1938.

2 – O Barão de Itaverava

Alexandre José da Silveira, nominado Barão de Itaverava em 1854, nasceu em Passa Quatro, no sul de Minas Gerais. O Barão morou em Uberaba e depois mudou-se para a Fazenda da Ponta do Morro, em Tiradentes, e adquiriu vários imóveis em São João, no Centro, na Rua do Matola e no Matozinhos. Também no século XIX, exerceu a presidência da Câmara Municipal de São João del-Rei. Alexandre José casou-se duas vezes: a primeira com Policena Rosa Faria da Silveira e a segunda com Ana Eugênia Ribeiro Campos. Em nenhum dos dois casamentos o Barão teve filhos, então não deixou nenhum herdeiro direto. Ele faleceu em 1880 e foi sepultado no cemitério da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo.

3 – Quem foi a Baronesa?

O curioso é que no testamento, e em outros documentos do barão e das baronesas, não constam referências ao famoso Solar. Acredita-se que após a morte do Barão de Itaverava, sua segunda esposa residiu no sobrado e o fez ficar conhecido como Solar da Baronesa. Ana Eugênia Ribeiro Campos nasceu em 1839, natural do Rio de Janeiro. Ela participou do episódio em defesa do republicano Silva Jardim, quando o Grande Hotel em São João del-Rei foi apedrejado, em 1889. A Baronesa se casou posteriormente com o farmacêutico e vereador Anselmo Cristino Fioravanti. Ana Eugênia faleceu em julho de 1915 e foi sepultada na Matriz de Santo Antônio, em Tiradentes.

4 – A história do Solar 

Além de já ter passado por várias famílias, antes de virar uma residência o sobrado já abrigou outras histórias. Em 1881, o Solar era sede do Colégio Conceição, dirigido pelo Cônego Antônio José da Costa Machado. Além disso, em 1888, o local já foi quartel de um grupo de militares e também serviu de hospedagem para imigrantes italianos que chegavam à São João del-Rei.

5 – Centro Cultural da UFSJ

A Universidade Federal de São João del-Rei adquiriu o Solar em 1995. Após realizar algumas obras no local, no ano de 2000 teve inícios as atividades do Centro Cultural da UFSJ. O objetivo é, além de preservar o patrimônio histórico, utilizar o espaço para estimular e compartilhar as produções culturais da região. O Centro possui galerias para exposições e uma sala multimídia. Além disso, em 2006, a UFSJ recebeu a doação de um acervo que deu início à Fundação Koellreutter. A fundação tem o objetivo de preservar a memória e o acesso às produções de Hans-Joachin Koellreutter, artista, intelectual, compositor e educador.

Referências:

https://saojoaodelreitransparente.com.br/works/view/20

https://www.ufsj.edu.br/centrocultural/solar_da_baronesa.php

https://saojoaodelreitransparente.com.br/projects/view/1327

https://ufsj.edu.br/centrocultural/

http://koellreutter.ufsj.edu.br/modules/wfchannel/index.php?pagenum=9