Folclore

5 em 1: lendas do folclore mineiro

Dia do Folclore é comemorado em 22 de agosto

publicado: 22/08/2023 16h27, última modificação: 22/08/2023 16h38
Foto: Alzira Agostini Haddad

Dia 22 de agosto, é celebrado o Dia do Folclore Brasileiro. O folclore caracteriza-se pelo conjunto de tradições populares que são transmitidos de geração em geração. Pode ser manifestados por meio de lendas, mitologias, costumes, danças, provérbios, músicas, etc. A data foi definida oficialmente em 1965. É um oportunidade para celebrar as riquezas da cultura popular!

Por isso, hoje trouxemos 5 lendas de cidades aqui de Minas Gerais. Lembrando que podem haver variações ou mesmo outras histórias similares em outros locais do Brasil. Confira!

1 – O Senhor do Mont’Alverne, em São João del-Rei

Conta a lenda que após a construção da Igreja de São Francisco de Assis, houve um impasse para decidir sobre a imagem do Senhor do Mont’Alverne que ficaria no altar: os brasileiros queriam que a imagem fossem feita aqui e os portugueses, em Portugal. Como não chegaram a um acordo, a questão foi sendo adiada. Um dia, um peregrino desconhecido apareceu e pediu abrigo para passar a noite. Ele foi acomodado no porão, onde se trancou e não saiu por dias. Preocupados e estranhando a situação, as pessoas arrombaram a porta e se depararam com a completa escuridão. Ao abrir as janelas, tiveram uma grande surpresa. Encontraram uma imagem do Senhor do Mont’Alverne esculpida em tamanho real. Todos ficaram impressionados com a perfeição dos traços e consideraram um milagre do peregrino. Alguns dias depois, a imagem foi transportada para o altar da Igreja São Francisco.

2 – A noiva da Fundação, em Congonhas

A lenda diz que um casal muito apaixonado estava com todos os preparativos prontos para o casamento. No grande dia, o noivo esperava ansioso pela moça no altar da Igreja do Bom Jesus de Matosinhos. No entanto, uma tragédia aconteceu. O carro que levava a noiva capotou e todos morreram na hora. O noivo quando soube da notícia ficou desesperado, abandonou tudo e foi viver no seminário. Dizem que a noiva, inconformada com o destino, passou a perambular, de branco e com o buquê em mãos, pelas salas da Fundação (o antigo seminário) procurando pelo seu amado.  

3 – Loira do Bonfim, em Belo Horizonte

A história provavelmente teve início entre as décadas de 40 e 50. No centro da cidade, durante as madrugadas, uma mulher loira e bonita abordava homens que passavam pelo local e os convidava para ir a sua casa. Os homens prontamente aceitavam. O caminho, porém, seguia até o cemitério localizado no bairro Bonfim. Chegando lá, a mulher saía do carro e desaparecia entre os túmulos, deixando os homens aterrorizados. A lenda conta que essa mulher foi abandonado no altar pelo noivo e acabou morrendo pouco tempo depois pela desilusão. A partir daí, ela passou a aparecer pelas ruas de Belo Horizonte e alguns juram que já viram a mulher.

4 – ET de Varginha

Lenda ou história real? No ano de 1996 uma sequência de acontecimentos extraordinários marcou a vida dos moradores de Varginha, no sul de Minas. Em janeiro, objetos voadores não-identificados teriam sido avistados por alguns moradores. Alguns dias depois, duas irmãs e uma amiga estavam caminhando por um terreno, quando avistaram um ser estranho, com a pele marrom, cabeça grande, corpo fino e olhos vermelhos, agachado ao lado de um muro. Quando a criatura moveu a cabeça, as três se assustaram e fugiram. A partir daí, vários relatos sobre alienígenas começaram a surgir na região e acontecimentos misteriosos intrigavam os moradores. A história ganhou repercussão mundial, mobilizando pesquisadores, militares e curiosos.

5 – O conto do vigário, em Ouro Preto

Você provavelmente deve conhecer a expressão “cair no conto do vigário”, mas sabe de onde ela surgiu? Dizem que tem origem lá em Ouro Preto. No século XVIII, a Igreja do Pilar e a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, situadas em bairros opostos, queriam a mesma imagem de Nossa Senhora. Como forma de resolver a situação, um dos vigários fez uma proposta: colocar um burro na praça principal e deixar que ele indicasse o caminho onde ficaria a santa. E assim foi feito. O burro foi em direção apenas à Igreja do Pilar, portanto a imagem de Nossa Senhora acabou ficando por lá. Depois, veio a descoberta: o burro, na verdade, era do próprio vigário que sugeriu a ideia.

Observação: Em São João del-Rei o grupo “Lendas São Joanenses” realiza espetáculos noturnos, com a encenação de várias lendas locais! Para saber mais informações, acesse as redes sociais do grupo.

Referências:

Correio de Minas

Lendas SJDR

Estado Atual/Noiva da água preta

Lugares de Memoria/Congonhas um reduto de fé e de arte barroca

O TEMPO/Loira do Bonfim

Memória EBC/ET de Varginha

Wikipédia/Incidente de Varginha

Abrace o Mundo/Lendas de Ouro Preto